segunda-feira, 8 de abril de 2013

Paranormalidade, leituras que não ajudam em nada e afins...


É incrível como quanto mais eu gosto de alguém, mas eu faço de tudo para me afastar do cara. Deve haver alguma explicação paranormal para isso. Vai ver algum cara q eu dispensei na encarnação passada e que ainda anda na minha cola, impedindo futuros romances. Ou aquela maldita lei da física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Já que não ocuparemos a mesma moradia, ou que seja, pelo menos a mesma cidade, melhor seguir em frente.

Já pensei que culpa seria daquele chapolim insuportável do facebook dizendo que para eu me interessar por alguém, basta a pessoa não querer saber de mim, ser comprometida ou morar longe. E morar longe, de fato, é a minha escolha preferida. Porque romances acabam e as pessoas eventualmente se deixam vencer pela insistência (não que eu insista porque sou campeã olímpica em fingir que sou uma pedra de gelo) mas morar longe é imbatível. Ainda mais com os preços das passagens aérea que estão pela hora da morte.

Ou talvez o problema todo seja eu ter lido “ele simplesmente não está afim de você” e, a partir dele chegar a conclusão que nem o vendedor de cachorro quentes da rua é afim de mim. Ô livro que faz todas as nossas esperanças se enfiarem no primeiro ralo que encontram. É para o meu azar, nenhum ralo está entupido, de forma que nem posso ver a minha esperança ali, boiando junto com uma embalagem de Trident e ter a esperança de resgatá-la e viver sob o domínio delas por mais algumas horas. Nada. Ela afunda e pronto.

A partir desse livro, vivemos sob o paradigma de que nenhum homem está afim de nós o bastante. Estabelecemos padrões de comportamento inatingíveis. Nos desligamos da conquista. Enfiamos na cabeça de que se o cara realmente estivesse afim, ele faria o impossível. E como ele não faz, usamos toda a nossa energia em função da indiferença. Esquecemos que os homens também tem seus medos, suas desconfianças e que nem sempre poderão tomar todas as iniciativas. Esquecemos de fazer a nossa parte.

Maldita lei da física e malditos ex namorados paranormais, maldito chapolim do facebook e maldito dia que eu entrei na livraria escondida por um xale e como uma foragida me infiltrei na sessão de livros de autoajuda garanti o meu exemplar de “Ele simplesmente não está afim de você”. Um dia ainda me vingo de vocês. A boca do sapo vai ser pouco...