quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Encontros inesperados.


Existem pessoas que a gente sabe que vai gostar logo de cara. Seja pelo jeito que fuma, pelo cabelo despenteado, por ter tatuagens no braço, um ar rebelde – quase rústico- ou só porque a gente sabe que vai gostar mesmo. E existem aquelas pessoas que são como músicas que têm um início instrumental muito longo. É preciso dar uma chance para que possamos ouvi-la melhor, prová-la e daí sim tirar as nossas conclusões.

Essas são as minhas favoritas. Elas chegam sem nos dizer muita coisa, quase despercebidas. E quando entram na nossa vida, são como aquela onda que vem, implacável, e destrói aquilo que achávamos que era um castelinho bem bacana. E no lugar desse castelinho sem graça, nos mostram todo um universo que nem imaginávamos que pudesse existir.

Os encontros óbvios nos cansam* (*entenda óbvio como esses encontros em bares e baladas, onde analisamos apenas o que vemos, sem nos importar se o analisado em questão assiste filmes dublados ou sofre de algum tipo de problema emocional). Os frutos desses encontram entram e saem da nossa vida quase todos os dias. E nem sobra uma fotografia ou mesmo aquele guardanapo com o telefone do bofe e a frase: Me liga!!

E aquela parte instrumental mais longa nos deixa cada vez mais interessada. A cada dia descobrimos um novo acorde ou uma melodia que não havíamos notado antes. E a cada vez que ouvimos a música, gostamos dela ainda mais.

E essa é a minha “dica” de hoje. Em vez de perdemos tempo com aquele sujeito que não responde mensagens ou que só tem ele e a sua vidinha medíocre como assunto, que tal dar chance para alguém diferente das nossas expectativas? As pessoas querem tanto ser surpreendidas, mas nunca dão chance de experimentar nada fora do contexto. No fundo todo mundo insiste naquilo que já conhece. E é por isso que nada muda. Nunca.

Um comentário:

  1. Verdade!! Casei com meu amigo... tinhamos 14 anos de amizade kkkkk As vezes a felicidade está ao seu lado.... e as pessoas procuram amor, onde talvez nunca ache!
    Amei o texto Grazi:)))

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