domingo, 25 de março de 2012
A minha parte em dinheiro, por favor.
Cena 1: Cidade de Colombo (ou outra cidade da região metropolitana). Ponto final. A garota desce do ônibus, abre a bolsa (azul turquesa com detalhes dourados porque está na moda) e pega um papel com um mapa. Vira o mapa para a sua direção porque é mulher e tem o senso de localização meio atrapalhado. Percebe que tem que andar uns 200 metros e a rua é de barro e que veio com seu all star branco. Segue em frente pois isso é um detalhe muito fútil.
Depois de alguns minutos, chega na casa azul n 56. Ao apertar a campainha, percebe que o esmalte verde bandeira do dedo indicador está lascado. -Esmalte vagabundo!!!
È atendida e entra na casa . Aguarda alguns minutos antes de poder falar coma Mãe Terezinha.
-Me diz aí, quando é que eu vou ficar rica?
-Hein? O futuro te reserva um homem interessante, mas aqui não mostra a conta bancária dele e...
-Não, a senhora não entendeu. Não quero saber de amor coisa nenhuma. Quero saber sobre a minha vida profissional.
-Hum, um pouco incomum para uma sagitariana, mas a grana é sua. R$50,00 a hora.
O caso é que não acredito em pessoas que procuram um amor. Não gosto de quem é carente. E como não acredito nessa gente, não acredito nas relações delas.
A melhor forma de encontrar alguma coisa é não procurar por ela. Isso é sabedoria popular. Basta a gente procurar o par de brincos perdidos na noite anterior (noite em que os móveis da casa mudaram de lugar, nada a ver com aquela garrafa de smirnoff) que acharemos aquele soutien lindo de bojo (como será que ele foi parar lá?)
É por isso que quando vou numa cartomante ou em algum centro que ofereça “serviços” espirituais, nunca quero saber de amor.
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