domingo, 25 de setembro de 2011
Maldita ressaca ...
É mais ou menos assim: O motivo de eu acordar é uma sede incontrolável seguida pela terrível constatação de que há pinos batendo dentro da minha cabeça numa espécie de dança regida por sinos que tocam super alto. Bebo água (já deixo uma garrafinha ao lado da cama) e fecho os olhos sem me mexer para não atrapalhar a valsa dos pinos.
Depois eu penso que diabos fiz na noite anterior. Não lembro de nada e fico bem mais tranquila. Mas dura pouco porque as lembranças chegam fragmentadas e eu me arrependo a beça de ter uma memória visual tão boa. Ah, se arrependimento matasse!!
Eu pego o meu celular e vejo que liguei as 03h56 para um sujeito que não lembro o nome e em seguida percebo que respondi uma mensagem do mesmo sujeito. O texto é o seguinte: "Sim, tambemk gsotei da noite tava otmo e beujus.kkk.." Para bêbado, qualquer merda faz sentido. Mesmo uma mensagem cheia de erros e códigos indecifráveis.
A frase que me veem a cabeça é: Nunca mais eu bebo. Não sei quantas vezes eu já e fiz essa promessa e quantas vezes já a quebrei. Não sou muito boa com a palavra nunca. Sempre acabo dando uma escorregadinha.
Uma determinada hora eu levanto, me entupo de remédios, tomo um banho e penso mais sobre a noite anterior. Fico feliz em constatar que, tirando o fato de ter derrubado cerveja na minha blusa branca nova e comido um cachorro quente mandando a minha dieta para onde Judas perdeu as botas, as meias e se duvidar, as calças, o estrago não foi tão grande assim. Não xinguei ngm que interesse e nem me humilhei para algum cara que eu tenha saído e que tenha me dado um pé na bunda nos últimos tempos, não errei a conta do bar pagando a mais (porque sempre erramos para mais, nunca para menos), não morri no caminho de volta para casa e nem vomitei publicamente. Resumindo, penso em tudo que poderia ter dado errado e me alegro por ainda estar viva.
Passo o dia meio acabada como se tivesse sido atropelada por um trator, repetindo sempre o mantra: Nunca mais!!
Promessas são só promessas e acabo aceitando os convites das minhas amigas novamente e me enfiando num bar, abraçada com um balde recheadinho. E a vida continua …
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