terça-feira, 10 de maio de 2011

A cidade do sol


Eu sempre tive uma certa fixação pela foram como os grande escritores descrevem as mulheres. Machado de Assis por exemplo, com exceção de D. Carmo (não vou entrar na questão se ela foi ou não uma projeção de Carolina) e Fidélia, nos mostrou mulheres fortes, decididas e um pouco dissimuladas.

Mas se tratando de “A cidade do sol”, a visão é outra. O livro nos mostra a história de duas mulheres – Laila e Mariam-. Elas são diferentes e acabam tendo suas vidas cruzadas ao se casarem com o mesmo homem (porque lá, não tem esse de MEU HOMEM). Rashid é um sapateiro cruel, machista (mesmo dentro da cultura árabe) e intolerante.

O livro nos faz refletir sobre o quão é injusta a vida de algumas mulheres no Afeganistão (talvez na cultura muçulmana toda. Mas acho que no Afeganistão é pior por causa do Talibã) . As duas tem sonhos e desejos próprios, planos para as suas vidas. Planos diferentes sim, mas sonhados por ELAS, só elas, somente elas. Porém, pelo acaso ou pelo destino abrem mão de suas expectativas para servirem o marido e dar-lhe muitos filhos. Vivem com ele o caos da intolerância, sofrimento, medo e opressão. Elas nunca deixa, transparecer suas tristezas e desapontamentos pelos sonhos que foram desprezados.

O autor do livro, Khaled Hosseini, é o mesmo de “O caçador de Pipas, que inclusive virou filme (li e vi, chorrei horrores em ambos) . Recomendo “A cidade do sol”. Eu já li várias vezes e chorei todas as vezes. È daquele tipo de texto que nos deixa um pouco deprimida porque a gente se envolve com a história. Mas o final não é tão horrível e vemos que, apesar das dificuldades, é possível ser feliz.

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