terça-feira, 3 de maio de 2011

Divagações no sentido figurado. Fantasia.

Quando estou triste sempre gosto de pensar que sou acolhida por mim mesma, só que mais velha. E fico me perguntando o que eu diria e que conselhos me daria, uma vez que mais velha, saberia exatamente o que tinha acontecido após o fato que me deixou infeliz naquele momento.

E daí as lembranças do que já passou me vem a memória. E me lembro de tudo de ruim que, supostamente, já me aconteceu. E penso que eu também voltaria o tempo para me acolher mais jovem e me aconselhar. E dizer que nem tudo é tão ruim como possa parecer e que eu conseguirei ser mais forte do que posso imaginar. Me diria que seguir em frente será o melhor caminho. E que vergonha é uma coisa de momento. Que não passar na prova não é exatamente o final do mundo, embora possa parecer. Que por mais que eu sinta uma dor no coração por ter sido rejeitada, irei me apaixonar muitas vezes mais. Por mais que pareça impossível, uma hora conseguirei passar o dia todo sem chorar. E haverá dias que esse tormento todo não passará de uma lembrança distante. Amarga, mas distante. Me diria que o “amor louco” pelo meu professor de história é apenas uma paixonite adolescente e que quase todas as meninas da minha idade já passaram por isso. Que as brigas com o meu namoradinho vão acabar com o nosso “amor”. Me diria que não gostar das aulas de educação física me renderão alguns quilos a mais na vida adula, mas que apesar deles haverá homens que gostarão de mim da mesma maneira.

E por todas essas lembranças e por todos esses conselhos que eu daria a mim e que fico imaginando o que a velha EU me diria quando eu -aos 28 anos- acho que estou velha demais, quando temo a balança e o surgimento de um possível cabelo branco, quando tenho dúvidas sobre os caminhos que escolhi e sobre os amores que deixei ou que me deixaram.

Acho que um dia escreverei um livro sobre isso. Mas, por agora, tudo não passa de divagação.

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